segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A EVOLUÇÃO DA QUÍMICA ORGÂNICA


A EVOLUÇÃO DA QUÍMICA ORGÂNICA



Histórico



Devemos relembrar que, no século XVIII, começou na Inglaterra a chamada Revolução Industrial. Como decorrência, apareceram no século XIX novos tipos de atividade humana, que passaram a exigir conhecimentos químicos. O uso crescente de máquinas exigiu a produção de mais ferro e aço, para a qual os fornos siderúrgicos exigiam quantidades crescentes de carvão. Apelou-se então para o carvão mineral, que era transformado em carvão coque. Dessa transformação surgiram novos compostos químicos, como os corantes necessários à produção sempre crescente das fábricas de tecidos.

As sínteses orgânicas também aumentaram vertiginosamente na segunda metade do século XIX. Em 1856, o químico inglês William Perkin  (1838-1907) preparou o primeiro corante sintético — a mauveína. Com os corantes e perfumes que criou, Perkin enriqueceu e serviu como exemplo para  o desenvolvimento da indústria química na Inglaterra. Na Alemanha, August Wilhelm Von Hoffman  (1818-1892), que havia sido professor de Perkin, também descobriu vários corantes: a magenta (1858),  a alizarina (1869) e o índigo (1880). Esses corantes não só serviram para a indústria têxtil e para o desenvolvimento da Biologia (com a coloração e o estudo dos microrganismos ao microscópio), como também possibilitaram o grande desenvolvimento da indústria química alemã no final do século XIX. 

A Revolução Industrial então em curso incluiu a construção de estradas de ferro, que, com seus  aterros e túneis, provocou um rápido desenvolvimento das indústrias de explosivos.

É importante notar que, na segunda metade do século XIX, além do grande desenvolvimento da Química de laboratório, consolidou-se também uma Química aplicada, dirigida para os processos industriais. A partir dessa época, aprofundou-se cada vez mais o casamento entre a ciência e a tecnologia. Tornava-se cada vez mais claro que, para as atividades práticas da Química, eram necessários conhecimentos  teóricos, e vice-versa.

Em 1897, já havia na Alemanha 4.000 químicos trabalhando nas indústrias.

 Na primeira metade do século XX, assistiu-se ao grande desenvolvimento da indústria química orgânica nos Estados Unidos, com a descoberta, por exemplo, de inúmeros plásticos, como o raiom, o náilon, o teflon, o poliéster etc.

O século XX marcou também a substituição do carvão pelo petróleo  como principal fonte de matéria-prima para a indústria química orgânica. Com isso surgiu uma gigantesca indústria petroquímica, tendo os materiais plásticos como produto principal.





BIBLIOGRAFIA: Química Ricardo Feltre. Volume 3

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